As fraudes são praticadas desde a antiguidade, sempre com o objetivo de tirar proveito dos mais desatentos ou daqueles que se acham “mais espertos”.
Sempre ouvimos falar do chamado “conto do vigário”, do “bilhete premiado”, do “empréstimo fraudulento entre outras inúmeras fraudes.
Hoje, estas fraudes ainda persistem e algumas práticas foram aperfeiçoadas, saindo das esquinas rumo ao novo interconectado.
Diversas ferramentas foram criadas e disponibilizadas de forma legal, porém utilizadas por estelionatários para dar vida a personagens mais credibilidade às suas “estórias”.
Para ilustrar, no século XIX, em Portugal, fraudadores apresentavam-se em cidades distantes como emissários do vigário. Eles se diziam carregadores de expressivos valores em malas que traziam consigo, todavia, fariam pequenas viagens e teriam de deixar suas malas guardadas em lugar seguro e, para tanto, precisavam de uma garantia.
Com a chegada da internet, as técnicas de engenharia social ficaram mais fáceis de obter vantagem indevida, sobretudo em tempos de pandemia. As regras de distanciamento social obrigaram-nos a migrar rapidamente para o ciberespaço, desde o trabalho remoto até consultas à distância. Entramos em quarentena, o criminoso não.
Aproveitando-se dessa interconectividade, organizações criminosas e infratores desfrutaram da pandemia do oportunismo para auferir mais lucro sem ao menos serem especialistas em tecnologia da informação para fazê-lo.
As ocorrências de crimes de internet dispararam. Além daquelas comumente, verificamos novas modalidades de ataques. Baseados na confiança cega do dispositivo dos usuários, os criminosos “sequestram” agora, perfis do WhastApp e Instagram, obtendo de maneira fácil vultosas quantias:
_ Ei mãe, troquei meu número. Anota aí. Estou precisando de um favor teu. Deposita R$1.000,00. Te devolvo até amanhã, mas faz o seguinte, transfere por este pix que minha conta está com problema;
_Vendo Iphone 13, urgente por R$ 1.500,00 no meu stories. Se quiser garantir o seu faz transferência para esta chave pix ou venderei para outra pessoa.
Resumindo, o golpes evoluíram, temos que nos preparar e nos defender disso.
No decorrer do ano, discorreremos sobre os mais variados golpes praticados pela internet ou Redes sociais.
Contamos para isso com a Cartilha “É BOM DEMAIS PARA SER VERDADE – não caia nesta”, de Alesandro Gonçalves Barreto e Natália Siqueira da Silva, ambos policiais civis.