Quando o Papa Francisco foi eleito, a Igreja Católica mudou sua postura diante dos desafios do mundo contemporâneo. Com foco na defesa dos mais vulneráveis e nas causas sociais e ambientais, ele inspirou transformações em diversas áreas, inclusive na economia.
Foi nesse contexto que nasceu a Economia de Francisco, um movimento global que convida a repensar o papel da economia na sociedade. Inspirada nos valores do Papa, essa proposta busca recolocar a dignidade humana e a justiça socioambiental no centro das decisões econômicas. Mais do que uma crítica ao modelo atual, trata-se de um chamado à reconstrução de como produzimos, distribuímos e consumimos.
O objetivo de compartilhar essas ideias aqui é justamente divulgar a Economia de Francisco, pois muitas vezes, essas ideias permanecem restritas ao âmbito internacional ou acadêmico, quando, na verdade, podem inspirar transformações importantes na forma como entendemos e praticamos a economia no nosso dia a dia.
A Economia de Francisco se organiza a partir de dez princípios fundamentais que desafiam a lógica da acumulação desenfreada e da exclusão estrutural:
- Ecologia integral
- Desenvolvimento integral
- Alternativas anticapitalistas
- Bens comuns
- Interconexão
- Força das periferias
- Economia centrada na vida
- Protagonismo das comunidades
- Educação integral
- Solidariedade entre os povos
É comum que, ao falar de economia, o debate fique restrito a indicadores como PIB, inflação e mercado financeiro. Esses números importam, claro, mas não contam a história toda.
A Economia de Francisco nos propõe olhar a economia como um instrumento diferente. Por exemplo, políticas públicas que apoiam pequenos produtores, iniciativas de economia solidária e educação popular podem transformar realidades locais.