Esporte Clube das Nações

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A relação entre Irã e Israel é complexa e marcada por desconfiança mútua. O Irã vê Israel como
uma ameaça à sua segurança e está certo, o genocídio em Gaza é prova disso. Especialmente
devido ao apoio de Israel a grupos e governos que se opõem ao regime iraniano, mas onde se
lê Israel, leia-se EUA e seu interesse no petróleo da região. O Irã é uma resistência ao domínio
ianque na região. E veja bem, todas as guerras e invasões no oriente médio, nos últimos 50
anos, foram causados pelo petróleo.
O imperialismo capitalista norte-americano se defende com a balela de levar democracia a
região. Mas qual democracia? A capitalista, onde 35 milhões de pessoas vivem na mais
absoluta pobreza, não no Irã, mas nos EUA. Onde o povo não tem direito a saúde? Não no Irã.
Será que foram os iranianos que invadiram mais de 40 países após a segunda guerra? Será que
foi o Irã que patrocinou mais de 40 golpes de estado, incluindo o Brasil?
Qual é o problema do Irã, religião? Mas os mulçumanos não apoiaram Hitler, não apoiaram a
escravidão de africanos, não fizeram inquisição. A autodeterminação dos povos e suas culturas
não devem ser respeitadas? Que democracia é essa?
Mas o Irã é um dos principais apoiadores de grupos como o Hezbollah no Líbano e outras
milícias na Síria, que são considerados inimigos por Israel. Oras, os EUA são criadores e
apoiadores de Israel, uma milicia genocida criada para dominar a região. Isso pode?
Israel considera o programa nuclear do Irã uma ameaça direta à sua existência, temendo que o
Irã possa desenvolver armas nucleares. Essa tensão é exacerbada por retóricas hostis de
ambos os lados e pela rivalidade geopolítica no Oriente Médio. Mas Israel tendo uma bomba
atômica não é um perigo real ao Irã, Iraque, Síria, Jordânia, etc.?
Portanto, a defesa do Irã contra Israel é vista, por parte do governo iraniano, como uma
necessidade para proteger sua soberania e seus interesses nacionais em um ambiente hostil.
Leia-se, proteger o país contra o interesse americano de roubar seu petróleo. Proteger sua
cultura, proteger seu território e por consequência seu povo.
Os EUA, ainda não perceberam que o Império Ianque está no fim. Novas realidades surgem a
cada tempo, impérios desmoronam por não acompanharem mudanças e insistirem na
manutenção de seu poder.
Quando, no inicio dos anos 1990 acabaram com o Pacto de Varsóvia, esqueceram
deliberadamente de acabar com a Nato, acreditando que a partir dali o domínio seria total.
Grande erro histórico, até o Império Romano foi obrigado a se transformar em igreja para
manter-se vivo.
O Irã não pode e não vai retroceder. Os EUA podem fazer a ameaça que quiserem, hoje, China
e Rússia, além de Coréia do Norte e pelo menos mais 10 potencias econômicas estão com o
Irã. Não pelo Irã, mas pela defesa da autonomia de cada um e pelo direito a auto gestão de
acordo com suas normas, culturas e autonomias. Assim, permitir e abandonar o Irã, diante de

uma invasão é permitir futuras invasões na Sibéria, na Groelândia, na Amazonia, entre outras
terras sabidamente ricas.
O envolvimento dos Estados Unidos no apoio a Israel pode ter várias consequências, tanto a
nível regional quanto global. O apoio contínuo dos EUA a Israel pode aumentar as tensões com
países árabes e outras nações muçulmanas, que podem ver isso como um viés em favor de
Israel em conflitos e disputas territoriais. Israel quer dominar a região e não tem escrúpulos ao
invadir e se necessário matar todos, incluindo crianças, já provou isso.
A posição dos EUA pode influenciar a dinâmica nas relações internacionais, levando a críticas
de outros países e organizações que defendem os direitos dos palestinos, afastando-os da
economia americana, hoje existe uma China ativa, competente, rica e respeitadora de direitos.
O apoio militar ianque pode levar a um aumento das hostilidades em conflitos existentes,
como o entre Israel e Hamas, resultando em mais violência e instabilidade.
A postura dos EUA em relação a Israel pode influenciar a opinião pública tanto dentro dos
Estados Unidos quanto no exterior, com repercussões para a política interna americana, que já
não anda bem, Trump conseguiu desagradar até seus eleitores, que não querem seus filhos
morrendo como no Vietnã ou Coreia.
Essas consequências são complexas e interconectadas, refletindo as dinâmicas políticas, sociais
e econômicas da região e do mundo.
O agravamento, por insistência dos EUA levará o mundo a terceira guerra mundial. Uma
grande chance de acabar com o mundo devido a conceitos capitalistas ultrapassados. O
capitalismo chegou ao fim, agora é decidir se o mundo também chegará.

Antonio Sonsin

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