Em 2019, o câncer foi a primeira ou a segunda causa de morte antes dos 70 anos em 112 países. Uma a cada seis mortes no mundo está relacionada à doença. No Brasil, o câncer é considerado a segunda principal causa de morte desde 2003, sendo que 625 mil pessoas foram diagnosticadas em 2020 e estima-se que esse número será de quase 1 milhão em 2040.
Os dados são da OMS (Organização Mundial da Saúde) e mostram que o câncer se firma como um dos principais problemas de saúde pública do mundo. Uma das razões para isso é o envelhecimento populacional. Diante desse cenário, o que pode ser feito para controlar a doença? Câncer e Saúde, como vamos resolver?
Essa discussão, entre diversos temas abordados, aconteceu de 27 a 29 de setembro (última terça), no Centro de Convenções World Trade Center em São Paulo, no 9º Congresso “Todos Juntos Contra o Câncer”, iniciativa da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), e uma realização do Movimento TJCC-Todos Juntos Contra o Câncer, entidade é composta por mais de 200 organizações da sociedade civil, comprometidas com o cuidado do paciente oncológico. **
O encontro reuniu mais de 200 palestrantes nacionais e internacionais, de diferentes áreas da saúde, referências na oncologia nacional e internacional. Especialistas renomados debateram temas que passaram por promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, financiamento, legislação, gestão, comunicação, educação, novas tecnologias, cuidados paliativo e os impactos que a COVID-19 causou no atendimento ao paciente com câncer e no sistema de saúde como um todo.
Foram mais de 45 painéis e mais de 2.000 inscritos para o evento presencial e mais de 1.900 no formato online.
Um dos pontos importantes abordados, foi sobre as leis para o acesso e tratamento do câncer que geralmente são descumpridas. São leis importantes para a democratização do acesso à saúde e a agilidade ao tratamento, que beneficia o paciente em ter mais tempo e qualidade de vida.
Outros assuntos abordados em painéis diversificados, onde reforçou-se a relevância na importância da forma humanizada do atendimento e o olhar individualizado no tratamento ao paciente oncológico.
Depoimentos e participações de artistas, jornalistas e pessoas comuns, nos demonstram que a realidade do câncer pode estar presente a qualquer um.
Foram 3 dias de importantes de participação efetiva do time das profissionais da ABCC, nas discussões a respeito da atenção oncológica, em painéis simultâneos, palestras satélites, simpósios multiprofissionais e podcasts que proporcionaram a troca de informações e experiências entre os diferentes públicos do evento.
E é exatamente dentro desse contexto de humanização e qualidade de atendimento, que a ABCC – Associação Bragantina de Combate ao Câncer, se identifica e presta um serviço especializado, multiprofissional ao paciente com câncer (prioritariamente a pessoas atendidas pelo SUS e de baixa renda), através de uma escuta qualificada, um acompanhamento psicológico, nutricional e fisioterápico, levando-o a passar pela fase da doença com dignidade e respeito.
**A ABCC é membro do Movimento TJCC e faz parte dos GTs (grupos de trabalho) de Acesso ao Tratamento, de Saúde da Mulher e de Cuidados Paliativos.