Em um ciclo equilibrado do nosso ecossistema, todo resíduo deveria virar insumo para produção de novos produtos. Em um processo contínuo de reaproveitamento, novos recursos seriam naturalmente gerados. No entanto, a interferência humana tem causado impactos profundos e desestabilizado essa estrutura. Nesse contexto, a economia circular surgiu como resposta a um novo desenvolvimento que nos faça avançar!
A base deste conceito é o aumento da vida útil de produtos ou insumos anteriormente descartados, através de estratégias como a reutilização, reciclagem e descarte adequado. Isso torna possível que a ideia comum do que definimos como “lixo”, seja desconstruída através de projetos e sistemas que promovam o desenvolvimento sustentável. Este modelo sustentável aliado à tecnologia, permite controlar os estoques finitos e equilibrar os recursos renováveis, propiciando sistemas industriais integrados, restaurativos e regenerativos.
A economia circular entende e trabalha em dois ciclos de fluxos de materiais: o biológico e o técnico. Neste primeiro, são produzidos os produtos de consumo. Os materiais são biodegradáveis ou matéria vegetal, projetados para retornar como nutrientes biológicos para o solo. Já o ciclo técnico envolve a restauração de produtos de serviço como carros, lâmpadas e computadores, com estratégias de reuso, reparo, remanufatura ou mesmo reciclagem.
Toda a cadeia produtiva é repensada para que produtos usados como roupas ou eletrodomésticos, por exemplo, possam ser reprocessados ou reintegrados a cadeia de alguma forma. É muito mais que reduzir o consumo, reutilizar materiais ou reciclar. Trata-se de criar um novo modelo econômico sustentável que funciona de acordo com o ritmo produtivo, tecnológico e comercial da modernidade.
No processo linear os recursos são finitos e focados na extração e descarte. A maior mudança que a economia circular produz é fazer com que resíduos, que antes eram descartados e não-biodegradáveis, passem a ser reutilizados pelas fábricas. Assim, eles podem ser desintegrados, otimizados e transformados em novos materiais de consumo. Com isso, é possível diminuir o desperdício na cadeia produtiva e ajudar o meio-ambiente em escala global.
Esse modelo de economia foi criado pensando na aplicabilidade em qualquer escala, ou seja, para grandes e pequenos negócios, organizações e indivíduos, globalmente e localmente.
No Brasil, contabilizamos mais de 200 milhões de habitantes gerando resíduos, constantemente. Segundo dados do IBGE, cada habitante produz em média um quilo de lixo por dia, portanto, somam-se 183 mil toneladas diárias.
Em 2010, foi implantada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que propõe a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, um acordo setorial e a operação reversa ou logística reversa. Assim, todos os envolvidos no ciclo produtivo se tornam responsáveis pela diminuição dos resíduos sólidos e pela adoção de práticas mais sustentáveis.
De acordo com publicação da Agência Brasil, 76% das indústrias brasileiras aplicam a economia circular de alguma forma. Mas, ainda há um grande potencial a ser explorado. Segundo esse estudo, 60% das indústrias entendem que as práticas de economia circular podem contribuir para a geração de empregos na própria empresa ou na cadeia produtiva do setor. No entanto, 73% consideram que a transição para a economia circular deve ser uma responsabilidade compartilhada entre governo, consumidores e iniciativa privada.
Para que a economia circular realmente funcione, é importante que todos os envolvidos na cadeia produtiva façam parte do processo. Para isso, cada um deve repensar seu papel no ciclo de produção, de acordo com o novo modelo.
Sabemos que toda empresa deve ser eficiente, tanto economicamente como tecnicamente, mas para garantir o crescimento futuro, a longo prazo, também é preciso ser ambientalmente eficiente.
Evoluir enquanto se sustenta e elimina desperdícios e perdas é a estratégia das empresas sustentáveis. Tornar o sistema econômico mais eficiente, através da redução do consumo, recursos e energia; transformando ativos e resíduos não explorados em novos insumos e produtos, é nosso desafio e compromisso com as gerações futuras.
Dentro desse contexto, a ABCC – Associação Bragantina de Combate ao Câncer, aliada com a BLUEPLAST – empresa especializada na fabricação de Compostos de Polipropileno, localizada em Bragança Paulista e com a MVN – agência de publicidade também de Bragança, trazem a Campanha “TAMPINHA AMIGA DA ABCC”, com o objetivo de arrecadar tampinhas que possam ser comercializadas diretamente com a indústria de beneficiamento do plástico, tornando possível a ação colaborativa da comunidade, que irá reverter os recursos em prol da Causa do câncer.
Venha participar conosco dessa Corrente do Bem, onde cada um fazendo a sua parte pode promover um ambiente mais saudável, mais sustentável e limpo em sua vida!
PENSE NISSO!
Fonte: Blog Mais Polímeros.