Uma geração que beira à total desinformação de educação

EMBARGOS AURICULARES n° 230

“Uma geração que beira à total desinformação de educação”

Com as redes sociais as notícias correm, entram e saem de pauta das mídias com enorme velocidade. Mas, no caso da cantora Ludmilla (muito boa) de funck (gosto não se discute, tolera-se) esteve e ainda está na predileção dos internautas diante de sua apresentação na abertura da F1, etapa Brasil, disputada em São Paulo no último dia 05.11. Ela cantou, ou, pelo menos, esboçou tentar cantar o Hino Nacional acompanhada pelo cavaquinho do menino Miguel Vicente (Miguelzinho do Cavaco). O resultado foi de estarrecer!
A intenção seria o destaque da chamada “inclusão” no evento. Ludmilla, mulher, negra, assumidamente bissexual, que canta funck e que veio de uma periferia pobre, ao lado de um menino, talentoso com seu cavaquinho, também negro e que, juntos, formariam o cenário adequado para exportar a imagem do Brasil para o mundo, se não fosse a “gafe” de Ludmilla ao não saber cantar o Hino, para o que foi contratada ($$). Podia-se ver que Miguelzinho do Cavaco fez o possível para ajudar a cantora em sua performance. Mas, foi em vão! Ludmilla, simplesmente, não sabia cantar o Hino Nacional. A começar com a primeira palavra em que ela soltou um “ouvira do Ipiranga”, coisa que a turma das redes sociais já a apelidaram de “Euvira do Ipiranga” Uma vergonha que foi exportada para centenas de milhões de espectadores no mundo inteiro, ao vivo!
Mas, se você pensa que isso é um problema somente de Ludmilla, sinto informar que não é! A geração atual, de uma forma geral, esta que está se destacando no protagonismo da política, das artes, etc., é fruto de um sistema de educação falido! Que não tem qualquer apreço em informar e formar uma sociedade com valores suficientes para manter e conduzir nossa nação nos trilhos do progresso. A turma da “Educação Moral e Cívica e da OSPB” sabe do que eu estou falando.
Boa parte dos Professores são agredidos, ameaçados, coagidos, mal remunerados! Outros são despreparados, desqualificados, outros são militantes políticos e ideológicos, etc. E o nosso sistema, o de Paulo Freire, está trazendo este resultado que todos estamos experimentando, de uma forma ou de outra. Mas, há quem o idolatre! Enquanto isso, o Brasil vai de mal a pior na educação. Sabe-se pouco de nossa língua, de nossos símbolos, de nossos valores e de nossa história. Vejam os temas que são pedidos no ENEM! Pior, os ídolos eleitos pela atual geração estão recheados “desse nada” que acabei de dizer.
A apresentação de Ludmilla – frise-se, horrorosa! – é só um dos milhares de exemplos que se alastram para todas as áreas e que estão tomando conta do Brasil todo. No fundo, o que tem valido para os ídolos da atualidade é “o que eu vou lucrar ou ter de vantagem; se ponho muito ou pouco a bunda de fora, se transo com um montão de gente, se a maconha vai dar pra todo mundo, etc”. Para essa gente, o Brasil é um desimportante detalhe.
E antes que me chamem de racista ou misógino, digo que a melhor interpretação do Hino Nacional que assisti foi a de Elza Soares – mulher, idosa, negra e vinda da periferia – na abertura dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro em 2007. Está no Youtube! Sobre ela, Galvão Bueno disse: “… Talvez a mais linda interpretação da história do Hino Nacional Brasileiro com um coral de cinquenta mil vozes”.
Pois, é! Mas, o que importa é: “viva Paulo Freire”!

Marcos Túlio, Advogado e Professor de Direito!

Marcos Tulio de Souza Bandeira

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