EMBARGOS AURICULARES n° 336: “O jogo do Poder que o povo precisa aprender e entender”

Como se vê em todos os noticiários, temos os três Poderes do Estado numa “guerra fria” em que a disputa é preponderar no cenário político. É a busca por mais poder! O Judiciário, que é o único Poder técnico, não deveria se meter nessa “carreira” com esse mesmo espírito porque é ele quem tem a responsabilidade de distribuição da justiça no território nacional. Entretanto, não é isso que se vê.

Exatamente por estas razões que Lula e o PT mexeram em peças estratégicas, mas o perfil é exatamente o mesmo, ou até mais favorável ao Governo. Flávio Dino e Ricardo Lewandowski trocaram de lugares e aquele que um ocupava, agora é do outro, ou seja, Lewandowski saiu do STF e foi ser Min. da Justiça e Dino fez o trajeto oposto. Tudo para ficar como sempre foi.

Com um Congresso “glutão” ($$), a “Casa do Povo” pode ser comparada a uma draga a sugar o máximo que puder ($$) de Lula com a finalidade de aprovar, facilitar ou não dificultar a vida do Presidente quanto a aprovação ou reprovação de projetos e outras coisas com a mesma natureza e efeito. Tem dado resultado, pelo menos por enquanto! São as, agora, “fofas” Emendas do Relator que antes, chamadas de Orçamento Secreto, a esquerda, sem exceção, criticava severamente, sendo tema importante na campanha de Lula à Presidência. Mas, como são as coisas …!? A aprovação do nome de Dino para o STF (13.12.23) custou uma “besteirinha” aos bolsos do contribuinte. “Em 11 e 12 de dezembro, o recorde histórico de R$ 9,9 bilhões foi pago na forma de emendas parlamentares pelo governo Lula para o Congresso” (A Gazeta do Povo 14.12.23).

Além das, agora, “fofas” Emendas do Relator, a estratégia do Governo (PT) é tentar tornar sem efeito qualquer manobra política do Congresso que seja contrária às pretensões governistas, tornando-as judicializadas. Para isso o Governo conta com o bom trâmite de Lewandowski como Min. da Justiça perante o STF e Dino como Min. do STF que lá será mais um a engrossar o coro governista na Suprema Corte. A ideia é simples: se por alguma razão o $$ não trouxer o resultado esperado, o peso da “pena” (caneta) dentro de um processo trará. Consegue entender o aparelhamento das altas Cortes? Pois, é!

Com efeito, feministas, militantes da diversidade de gênero, simpatizantes, etc., vão aprendendo, a duras penas, que não estamos numa disputa ideológica, mas exclusivamente, de poder. Esse negócio de ideologia, Lula e o PT só vão fomentar quando necessário para entreter seus “queridos súditos” como mera “perfumaria”, tudo movido pela manipulação de uma mídia muito bem alugada que é paga com o “dindin” do contribuinte – eu e você.

Aliás, dessa vez, a tentativa desse “entretenimento ideológico” foi tão absurda que nem mesmo as bem pagas “agências privadas de assessorias de comunicações estatais” conseguiram dourar a pílula e fazer a coisa vingar. A “pérola” veio da Min. da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco. Aquela mesma que ocupa um dos 39 ministérios de Lula com o currículo de ser irmã de Marielle Franco. Disse ela, com o fim de classificar as torrenciais chuvas pelo Brasil e seus efeitos devastadores: “tudo é fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático”

Por aí já se vê que apesar da afirmação parecer ser de uma estupidez descomunal, o tema não tem nenhuma intenção senão a de entreter e distrair os desavisados do real objetivo do Governo que nem chega perto de um plano de governo, mas, trata-se de um estratagema de poder exclusivamente pelo poder. E você, “bobico” e distraído, não presta a atenção e cai nessa conversinha de ideologia.

Apesar de Anielle Franco, até ela e suas pérolas servem para favorecer as intenções de um Governo mais do que “velhaco”.

Pense nisso!

 

Marcos Túlio, Advogado e Professor de Direito

19.01.24

Marcos Tulio de Souza Bandeira

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