Desafio quem um dia, quando crianças e – principalmente – quando mocinhas e rapazinhos, nunca sofreram bullying na vida. E o bullying pode ter várias graduações.

Vai de um simples comentário sobre seu cabelo, um risinho maroto sobre sua mochila ou até um ar de nojo pela cor da sua pele, se você é gordo, se é pobre.

Às vezes, o bullying também se junta com falta de afeto e de empatia.

E quando as três coisas se juntam, podem acontecer por raiva, inveja, soberba, vingança e até dentro de casa.

Hoje, com as redes sociais. pareçe que o tema se amplificou ainda mais.

Dá impressão que a cada like ou dislaike no Facebook, no Instagram. no Tinder, no TikTok, os adolescentes se transformam.

Para melhor e, infelizmente, para pior.

Até tragédias acontecem na vida real. E podem deixar marcas irreparáveis.

Dito isso, quero dizer que há tempos não me impactava tanto com um filme/série quanto com a série Adolescência, na Netflix.

Dividida em 4 episódios, a trama fala sobre um crime supostamente cometido por um adolescente de 13 anos, chamado Jamie Miller, interpretado por Owen Cooper (O Morro dos Ventos Uivantes).

O drama criminal traz um conflito de percepções já que questiona quanto os pais de Jamie sabem sobre o que acontece na vida de seus filhos.

A série conta com roteiro de Jack Thorne (Enola Holmes 2) e do Stephen Graham (O Chef), que também interpreta o pai de Jamie, além de direção de Philip Barantini, que também dirigiu O Chef.

Além do impacto da história ser absolutamente relevante e preocupante, quero dizer que cada episódio foi filmado em plano sequência (filmagem sem cortes).

Não que os planos sequência sejam uma novidade no cinema. Já vimos muitos deles.

Mas nessa série ele é feito com tal perfeição que você fica se perguntando como eles conseguiram filmar assim.

Essa série é absolutamente necessária.

Mostra uma realidade nua, crua e cruel no mundo dos adolescentes, especialmente nas redes sociais.

Obrigatória para pais, filhos, avós e toda a família.

(SÉRIE NETFLIX)