Uma das coisas que me fascinaram na minha infância foi quando, aos 7 anos de idade, ao entrar no grupo escolar, aprendi a cantar o Hino Nacional Brasileiro.
Antes de iniciar a aula, as crianças se perfilavam no pátio e todas entoavam o hino.
Naquele primeiro momento eu ainda não entendia o que significava “brado retumbante”, “raio vívido”, impávido colosso”, “fulguras ó Brasil, florão da América”.
Normal para uma criança de apenas 7 anos.
Mas, à medida que o tempo foi passando e que eu fui passando de séries, fui começando a entender o que aquelas belas palavras significavam.
E mais atraído eu ficava pelo hino, tão maravilhosamente escrito por Joaquim Osório Duque Estrada e com música de Francisco Manuel da Silva.
O tempo passou, cresci, me formei e sempre fui apaixonado por hinos. Em especial o hino da França.
E outra coisa que sempre me chamou a atenção foi o ardor que os americanos cantam o seu hino, demonstrado todo e o amor e o respeito pela sua pátria.
Enfim, sempre presto bastante atenção quando ouço hinos das seleções numa Copa do Mundo.
Por isso, me chocou muito ouvir a cantora Ludmila se borrando toda na hora de cantar o nosso hino em Interlagos no GP Brasil de Fórmula 1.
Errou a letra, entrou errado no acompanhamento do menino ao violão. Um desastre.
Enfim, uma lástima que foi mostrada ao vivo entre as televisões do mundo inteiro.
Na hora eu fique puto e estarrecido com a Ludmila.
Mas depois, parei para pensar: será que a Ludmila pertence a uma nova geração que está se lixando para o nosso hino? Pode ser.
Se for isso, posso até entender os valores da rapaziada jovem. Mas não deveria ser assim.
Porque a culpa não pertence a eles e sim ao nosso capenga e viciado sistema de ensino. Onde professores militantes se preocupam em catequisar os alunos enfiando um monte de asneira política na cabecinha deles.
Isso é o que chamo de lesa pátria, lesa cérebros.