AYRTOOOOOOOON SENNA DO BRASIL… TCHAN… TCHAN … TCHAN…

Mesmo que você não seja fã de Fórmula 1, que não suporta o ruído do motor, ainda assim, assista à série Senna, na Netflix.

Tenho certeza absoluta que vai se emocionar, vai sentir seu coração pilotando um carro a 300 kms por hora.

A série é de uma felicidade e preciosidade impressionantes.

A cinematografia premia o roteiro, a direção, as interpretações, a trilha sonora, a edição e tudo o que um filme ou série precisam.

Está tudo lá. Revivendo, registrando, sacramentando um legado deixado por um dos maiores brasileiros da história.

Escrever esse texto sobre Senna é uma espécie de um registro emocional que tenho dentro guardado na minha alma para sempre.

Porque ele foi muito marcante para mim.

Como seu fã fiel, todos os domingos vendo ele correr, e também como ele foi importante na minha vida profissional.

Tive o prazer de criar uma campanha com Ayrton quando trabalhei na MPM no Rio de Janeiro. Ele era o garoto-propaganda do Banco Nacional, um dos maiores clientes da agência.

A campanha foi um tanto ousada porque até então o Ayrton aparecia sempre sozinho nas peças publicitárias. E eu propus a campanha mostrasse o outro lado do Senna.

Então, sugeri que nos comerciais o Ayrton aparecesse não como o Senna, mas como o Ayrton, um cidadão de carne e osso, como um cliente do Banco Nacional.

Aí, em cada comercial, Senna estava ao lado de um funcionário do próprio banco, um funcionário de verdade. E assim foi feito, com as filmagens realizadas em Portugal porque naquela semana o Senna estava treinando para participar do GP do Estoril.

E a campanha foi um sucesso. (Veja abaixo um dos comerciais da campanha).

Além de todas essas emoções, o Senna ainda me reservaria outras duas que eu nem imaginava.

Uma foi no dia da sua morte.

Eu estava no Morumbi assistindo ao jogo Palmeiras x São Paulo, quando o alto falante do estádio anunciou a morte do Senna. Imediatamente, eu e cerca de 60.000 marmanjos choraram juntos pela perda irreparável.

Outra, mais recente, quando descobri que meu neto Bernardo, do nada, me contou que o ídolo dele é o Ayrton Senna!!!!

Ou seja, isso mostra o tamanho do legado do Senna mesmo para gerações que nunca viram ele correr.

Infelizmente ele nos deixou muito cedo

Eu disse deixou?

Não, Wanderley, tolinho, o Senna jamais nos deixou e nem deixará.

Nossos corações vão bater ao som do motor dele.

Para sempre.

 

Wanderley Dóro

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