A Ilusão estéreo da igualdade

A igualdade é o tipo de ilusão estéreo que o ser humano deve parar de perseguir.
Não há igualdade na natureza, duas folhas de uma mesma arvore não são iguais, basta você se dirigir ao seu jardim para constatar isso.

Se não podemos esperar igualdade de folhas de arvore o que dizer dos seres humanos?

Aliás, que bom que não somos iguais! Que ótimo que somos diferentes! O universo e a natureza crescem com a divergência, com as diferenças.

Se você andar apenas com quem pensa igual a você não se acrescentará nada na sua vida, porém, ao andar com o diferente, ao conversar com quem não pensa igual a você perceba como muito pode lhe ser acrescentado.

Cada um tem sua função no mundo, cada um tem sua vocação e ao invés de buscarmos a igualdade devemos sim buscar a justiça e a equidade, e que cada um tenha o que lhe é de direito.

O presidente americano John Kennedy dizia que todos temos talentos diferentes mas que devemos buscar a igualdade de oportunidades para desenvolver nossos talentos.

Repare que igualdade de oportunidades não significa igualdade em todos os aspectos da vida e é aqui que quero chegar.

É por isso que a busca pela justiça é mais importante do que a busca pela igualdade, que cada um tenha o que lhe é justo pelo seu esforço, dedicação ou trabalho é sim a busca primordial.

Dizer que se busca igualdade é apenas um discurso vazio e sem sentido de quem joga para a plateia palavras apenas a troco de aplausos.

Balzac dizia “A igualdade pode ser um direito, mas não há poder sobre a Terra capaz de a tornar um fato.” E sabe porquê? Porque a igualdade simplesmente não é natural.

Isso não quer dizer que uma pessoa seja melhor do que a outra ou que tenha mais direito do que a outra. Os direitos devem ser iguais, as oportunidades devem ser iguais, mas a diferença de objetivos, desejos, e vocações deve ser respeitada como algo natural e saudável.

Que triste seria se todos fossemos iguais, uma sociedade só de artistas, ou de sapateiros, ou de físicos nucleares seria uma catástrofe, afinal quem seria o agricultor? O padeiro ou o médico?

Cada um tem seu papel, precisamos dos diversos papeis, precisamos das diversas vocações, precisamos das diferenças.

Aristóteles dizia que a pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.

Se buscarmos a justiça, a equidade de oportunidades, teremos sim um mundo melhor. Não porque se buscou a igualdade, mas porque respeitou o direito que temos de ser desiguais como um princípio de liberdade.

Que bom seria se a revolução francesa tivesse no seu lema não Liberdade, igualdade e fraternidade, mas sim, liberdade, justiça e fraternidade, afinal, onde há justiça e um sentimento genuíno de fraternidade a liberdade de ser o que se quer e de agir como se deseja daria a todos a colheita justa pelo seu plantio.
Não teríamos exploradores e explorados, apenas pessoas diferentes, que tendo tido oportunidades iguais seriam recompensadas pelas suas responsabilidades, comprometimentos e desejos genuínos de crescimento ou não.
Se cada um de nós buscar tratar todos com justiça e fraternidade, perceberemos que o discurso vazio da igualdade não precisa ser buscado, pois teremos uma sociedade com direitos iguais, oportunidades iguais, livre e justa na sua desigualdade.

Pedro Fabrini

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