Religião, o ópio do povo.

Se você quer destruir uma nação, destrua sua cultura. Se você quer destruir a cultura, use a religião. Claro que dá certo, foi assim no mundo inteiro durante séculos e não precisamos fazer uma busca mundial para mostrar exemplos.
O Brasil de 1500 é testemunha da destruição de várias nações indígenas, sem muito esforço. Jesuítas fizeram o trabalho sujo.
Quando falamos de não, falamos de uma unidade cultural, não territorial. O povo cigano não tinha territórios, mas permaneceu vivo em qualquer época e qualquer tempo. Nômades do oriente médio, povo de Israel, civilização Asteca, enfim, são vários exemplos, onde, quando ocorre a contaminação cultural pela religião a nação sucumbe.
Tamoios, Tupiniquins, Tupinambás, Guaranis, Guarulhos, Aimorés, enfim, são dezenas, talvez centenas de povos dizimados, a principio pela religião e posteriormente pela colonização europeia.
No nosso caso específico os responsáveis foram as vertentes cristãs. Ainda são, o Brasil fala em pátria, mas nunca em nação.
Onde começam as religiões?
No meu ponto de vista, quando o homem desenvolveu alguma atividade inexplicada, como por exemplo, gerar fogo, ele passa a ter um domínio sobre algo inexplicável e por consequência sobrenatural, assim passa a ter o domínio sobre outros. Esse domínio leva ao poder e então, poder e atividade sobrenatural o transformam em líder de seu grupo. O mundo evolui, mas essa lição jamais será esquecida, principalmente por quem visava o poder.
Mas vamos dar um salto de 100 mil anos, pós fim do degelo, oportunamente chamado de diluvio e 300 anos após a morte daquele que seria utilizado como símbolo de uma nação, em outras palavras, se tornaria o novo Império Romano, agora sem território estabelecido, sem lutas brutais (teoricamente), mas com o poder da ilusão e manipulação.

O Imperador Constantino e o cristianismo
Constantino e sua mãe sabiam que o Imperio Romana havia chegado ao fim. Sua conversão ao cristianismo seria uma escolha de manutenção do Imperio, em outra forma.: No ano 312 d.C., antes da Batalha da Ponte Mílvia, muitos profetas delirantes de diversas vertentes perambulavam por Roma e outras terras do antigo império. Em 313 d.C., Constantino emitiu o Edito de Milão, que concedeu liberdade religiosa a todos os cidadãos do Império Romano, incluindo os cristãos.
Constantino convocou o Concílio de Nicéia em 325 d.C., que estabeleceu a ortodoxia cristã e definiu a natureza de Jesus Cristo. Usando velhas escrituras, discursos proféticos, palavras de pregadores e o velho testamento judaico, Constantino cria um código de normas, excluindo textos que não deveriam ser de conhecimento, ou não interessavam ao novo modelo de estado, como textos de Enoque, por exemplo, que poderiam sugerir outra conotação sobre a origem humana e outros que poderiam mostrar Cristo como um ser humano. Assim cria-se uma bíblia e uma religião, que chega para substituir o Império Romano e lhe dará séculos de sobrevivência até os dias atuais. O domínio será tão grande, que em quase todo território europeu e posteriormente Américas, África, Chin a Australia, etc., seus exércitos estarão ligados aos governos, para exploração e dominação.
A conversão de Constantino ao cristianismo, a criação do cristianismo organizado, tiveram um impacto significativo na história do mundo, com a Igreja Cristã levando sua expansão e seu estabelecimento como única, substituindo o Império Romano.
Assim o Império Romano se torna a Igreja Romana, que fará guerras santas, inquisição, apoiará a escravidão negra, terá fabrica de armas e bancos. Ditará normas, apoiará grandes donos de terras, reis, ditadores, exploradores, etc., mas em troca, dará aos povos sofridos, uma vaga no céu. As vestes, o trono, a escolha dos papas, as pequenas mudanças, de tempos em tempos, para adequação as necessidades da sobrevivência, em tudo podemos observar, que Constantino, ao criar o novo Império, também contribuiu para o atraso do mundo, criação de feudalismo, capitalismo, liberalismo, ao menos no ocidente, e onde as batalhas e, ou o trabalho dos religiosos, acabaram com a cultura e destruíram nações.
O manual de maldades, vigiado por um deus vingativo, rege ainda hoje, as mentes ignorantes, que aguardam um prêmio pós-morte, enquanto ricos se divertem em vida. Esse mesmo manual de maldades e as táticas de comunicação hipnótica e repetitiva ainda é usado por religiosos de centenas de novas igrejas, na esperança de se tornarem novas Romas.
O gatilho da fé.
Sigmund Freud, o famoso psicanalista austríaco, abordou a religião em várias de suas obras, incluindo “Totem e Tabu” (1913) e “O Futuro de uma Ilusão” (1927). Aqui estão alguns pontos principais sobre a visão de Freud sobre a religião:
Freud considerava a religião como uma forma de ilusão, criada para satisfazer as necessidades emocionais e psicológicas humanas, especialmente a necessidade de segurança e proteção.
Sobre a origem da religião: Freud acreditava que a religião surgiu como uma forma de lidar com a ansiedade e o medo da morte, bem como com a necessidade de controlar o ambiente.
Religião como neurose: Freud comparou a religião a uma neurose, argumentando que ambas envolvem a criação de mecanismos de defesa para lidar com conflitos e ansiedades.
Transtornos:
Repressão e culpa: Freud argumentou que a religião pode levar à repressão de desejos e impulsos, gerando culpa e ansiedade. Neuroses e complexos.
Freud acreditava que a religião não é capaz de fornecer respostas satisfatórias para as questões fundamentais da vida, como a morte e o sofrimento. E esse ponto, as dúvidas, foram elencadas para a manipulação coletiva e manutenção do poder, desde Constantino. Vejam bem, estamos aqui analisando apenas o ocidente. Não entramos nas religiões orientais, nem no judaísmo, embora seja essa, a mãe do cristianismo de Constantino.
Visão de Jung sobre a religião:
Simbolismo e arquétipos: Jung acreditava que os símbolos e arquétipos religiosos são expressões da psique coletiva, representando aspectos universais da experiência humana.
Inconsciente coletivo: Jung acreditava que o inconsciente coletivo é uma camada compartilhada da psique que contém arquétipos e símbolos universais.
Em resumo, Jung via a religião como uma busca de significado e propósito na vida, uma forma de conectar-se com algo maior do que o indivíduo. O que, de certa forma, não está errado, porém a fé, em substituição a pesquisa e a ciência, apenas conserva a ignorância.

Hoje
Chegamos ao ponto de vermos um país entregue a ignorância e ao atraso. A facilidade de substituir a ciência, a antropologia, a sociologia, pela fé, a facilidade de entender mentiras de um pastor manipulador, a um sociólogo, um filosofo é a mesma de uma população ignorante entender as letras de uma musica sertaneja, funk, e outras, a um Pink Floyd, por exemplo. É mais fácil entender um Rambo, do que Central do Brasil. Logo, se torna tão normal esfaquear um mural de Di Cavalcanti, quanto para o Exército Islâmico destruir um monumento de 3 mil anos. É mais fácil endeusar um ser grotesco, tão ignorante e sujo chamando-o de Mito, do que buscar a verdade.
PS- Notem que os países mais evoluídos socialmente, possuem a maioria de suas populações, não religiosas. É só não ter preguiça, ou não ser tão idiota e pesquisar na internet.
O estado laico e a liberdade religiosa permitem estelionatos coletivos contra um povo ignorante e carente.

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