CRIADORES DO POSSÍVEL I – Por que não fazemos as perguntas certas? (por Gianmarco Bisaglia)

Durante nossa jornada de evolução pessoal sempre buscamos acessar respostas para nossas angústias e curiosidades. Nessa busca é muito comum nos apropriarmos de respostas prontas e bem embaladas, que ao invés de ampliar nossa consciência, servem de muletas e sendas para nossas zonas de conforto…

“Isso é vontade de Deus”, “mulher é tudo igual”, “cada um tem o seu fardo para carregar…”

Claro que o fardo é nosso e temos que carregá-lo, mas a forma como entendemos isso faz a diferença entre nos ancorarmos na crença da fatalidade, ou passar a vida transformando nossos fardos em realizações e legados.

Podemos então repetir e ecoar em nosso interior: “Deus dá o fardo que cada um pode carregar!” , num movimento eterno de auto piedade, OU perguntar de vez: “Por que eu estou carregando esse fardo?”; “Por que eu aceitei carregar esse fardo?

Enquanto não sabemos onde queremos chegar, todos os caminhos são possibilidades, e qualquer verdade nos conforta; quando tomamos consciência da diferença entre nossas necessidades e nossos desejos, visualizamos quem somos e o que podemos ser, significando nossa jornada pela busca de propósito e realização. Nesse momento de consciência, nossas perguntas ficam melhores, mais elaboradas, perdemos o medo de traçar e escolher nossa própria trilha, compreendendo a razão do nosso sofrimento, nossas limitações e construindo os espaços de nossa “felicidade”.

“aceita logo que passa…”, “manga com leite faz mal”…

O lugar comum repetido desde nossa gestação por genitores, comunidades, professores, sacerdotes, mídia, gurus de toda espécie, nos dá ao longo do tempo a azia psicológica de quem nunca provou a manga com leite – nossos sonhos não são os sonhos de nossos pais e mães, maridos ou mulheres, nem foram idealizados na capa da revista do artista que nunca vamos ser, ou do dinheiro que nunca vamos ter! Mas podemos sonhar o NOSSO sonho que ecoa com sentido no coração, e nos afasta dos desejos egóicos de ser para os outros aquilo que não somos em essência…

Nosso processo evolutivo é encontrar nossa singularidade e nosso caminho, e fazer a “pergunta certa” é questionar nossas verdades presentes, mexendo com nossas zonas de suposto conforto. Se muitas vezes ficamos desconfortáveis em fazer estas perguntas, pode ser que a gente esteja com medo de descer do tapete voador e pisar o chão das mazelas diárias e desafios que compõe a nossa jornada real, onde lutamos pequenas batalhas externas e internas em busca de saber como funcionam as coisas da vida, construindo uma relação única e especial com as pessoas que nos cercam.

“melhor viver dez anos a mil por hora, que cem anos a dez por hora”…

Sem direção, qualquer verdade serve! As maiores frustrações de nossa vida surgem pela falta de iniciativa na busca de nossa autonomia e identidade. Podemos errar e fracassar em nossas tentativas, mas serão NOSSOS erros e fracassos, onde sempre poderemos fazer novas e melhores perguntas para reprogramar a rota! Quando encontramos as perguntas certas, abrimos nossa alma para o entendimento que nos leva aos saltos qualitativos do desenvolvimento pessoal. É tão mágico que a verdade se revela em nosso coração sem que nada precise de fato ser respondido!

Eu dou a volta pulo o muro, mergulho no escuro, salto de banda… na minha vida ninguém manda não, eu vou além desse sonho… (Lulu Santos)

Como eu costumo dizer há muito tempo: seja você, por mais que isso te apavore! É uma jornada que nem sempre traz paz, mas faz todo sentido!

 

Uma menina chamada Elenice!

Elenice que conheci num samba e já me dizia: guarda tua poesia porque ela é preciosa, não a gaste em qualquer lugar! A garota Elenice não se conforma com as coisas – ela se incomoda, questiona, sonha e redesenha seu caminho; enxerga o melhor dos outros, incentiva, apoia e briga para tornar mais positivo o mundo a sua volta! Obrigado Elenice, por ser… Elenice!

 

Gianmarco Bisaglia

Saber mais →

2 thoughts on “CRIADORES DO POSSÍVEL I – Por que não fazemos as perguntas certas? (por Gianmarco Bisaglia)

  1. Elenice Amaral Baratella 17 de maio de 2024 at 17:47

    Gianmarco, querido amigo. Fico feliz por ver que sua deliciosa escrita está cada vez mais expandindo para outros olhares.
    Grata pela “menina”, embora continue com os mesmos sonhos de qdo menina. E, como diz uma canção: “os sonhos não envelhecem”.
    Ao querido Prof Mario Doro , também minha gratidão pelo empenho e competência na missão de informar, divulgar e acolher tantas pessoas que merecem ser consideradas. Sou fã!
    Gratidão por tudo!

    Responder
    1. Mario Doro 18 de maio de 2024 at 15:23

      Excelente texto

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *