Quando minha voz não mais tiver força pra jorrar as palavras.
Quando minha mão não mais tiver forças para se unir à outra,
Ao menos meu coração seja livro aberto
Para que eu saiba a prece que preciso orar!
Quando os tumultos e acontecimentos da vida se acalmarem.
Quando as hipnoses do transes cessarem, terminarem,
Ao menos minha mente seja voo
E eu saiba planar nas quedas livres dos abismos.
Que as Luzes de irmãos amigos e benditos
Entrelacem redes de salvação
E atentem às minhas vertigens
Das minhas horas mais difíceis!
Eu tenho tantos dissabores deixados nos corações de outros tantos.
Eu tenho tantos pesos que me pesam mais que pedras,
Que me tiram a paz mais que pesadelos.
Minha caminhada pegou muitas vezes atalhos tortos
Em jornadas lá de trás dos tempos!
Mãe Maria,
Que sua Caravana do Amor, às seis horas do relógio de minha alma
Leve-me ao encontro do Nosso Senhor
Para que eu respire o santificado ar; não que eu mereça,
Mas que eu mesmo não se esqueça de mim!
Mãe Maria,
Mãe de todas as mães,
Mãe apaziguadora de todas as dores, Mãe de todos os partos,
Antes que me faltem as forças e a coragem, receba meu abraço,
Receba meu coração que por sua Luz, por seu amor, chora de emoção
Nessa breve oração…
Ave, Maria! Ave, Ave, Ave!