Quando uma escola se fecha, a educação se perde, o futuro se desnorteia, a rotina se apaga em névoa.
Quando uma escola se fecha, um caderno se cala, um lápis se quebra em silêncio, e até a borracha — que tanto apagava — já não tem mais o que apagar.
Quando uma escola se fecha, um livro deixa de ser lido, uma conta fica sem resposta, um poema não encontra seu fim, uma história se perde.
Quando uma escola se fecha, o horizonte se estreita, o sonho se desfaz, e a pergunta ecoa: o que vou ser quando crescer?
Quando uma escola se fecha, abre-se a porta da incerteza.
Dialogar, para quê? — uns podem mais, outros podem menos.
Quando uma escola se fecha, uma criança deixa de ser alfabetizada, deixa de crescer, deixa de sonhar.
Quando uma escola se fecha, o professor se cala, as carteiras ficam vazias, as paredes emudecem.
O balanço e a gangorra, que guardavam a alegria, tornam-se apenas lembrança.
As cores desbotam, os desenhos desaparecem, as brincadeiras cessam.
A escola que fecha é outra que não abre.
É conhecimento que se vai, é luz que se apaga, é dignidade que se perde.
Como dizia Paulo Freire:
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”