NÁUFRAGOS

Ao deitar-me, procurei a paz. Precisava da paz, de um campo de energia mais leve que pudesse me receber e eu a um equilíbrio desejado, harmonia.

Em alguns segundos, quase que imediatamente, um campo mental se abriu e comecei a assistir homens em condições de náufragos em grande perigo, encobertos pelo breu da noite.

Agarravam-se no que podiam, e as ondas do mar com os clarões da tempestade misturados com forte chuva lhes acertavam em cheio. Seus semblantes eram de desespero, medo, apavoramento.

Quando vi o olhar de súplicas de um deles apontar os céus.

Sua fé impressionava pela força. Nesse momento, percebi irmãos celestiais vindo andando sobre o mar, da mesma maneira de Jesus ao encontro de seus discípulos no mar da Galileia. Os poucos náufragos nada notaram, nada perceberam, exceto aquele de imensa fé que a tudo assistia, espantado.

Presenciei esses seres espirituais irradiarem ondas mentais sondando aqueles que poderiam ser despertados por um sentimento de socorro. Emitiam sinais de SOS aos capitães de navios da região, telepaticamente, para intuirem-lhes a necessidade de auxílio àqueles que estavam à mercê da tempestade. Invocavam-nos para o socorro vir na direção certa.

Nesse momento, me desvincularam dessas imagens e alguém me “soprou” que aqueles irmãos celestiais precisavam da energia de um médium, encarnado, e de outros mais para produzirem os efeitos necessários, por isso de minha “convocação”.

Orei, e entreguei a Deus a mim mesmo, confortado, sabendo que ninguém está só.

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(Nilton Bustamante em desdobramento de alma, 04/03/2018)

Nilton Bustamante

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