Desemprego e falta de qualificação profissional no Brasil: O que você pode fazer a respeito.

Desemprego e falta de qualificação profissional no Brasil: O que você pode fazer a respeito.

O desemprego é um problema que afeta milhões de brasileiros, e a falta de qualificação profissional é um dos principais fatores que contribuem para esse quadro. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil chegou a 7,5% até novembro de 2023.

A falta de qualificação profissional é um grande obstáculo para a inserção no mercado de trabalho, pois as empresas buscam profissionais com habilidades e conhecimentos específicos para as funções que precisam preencher.

Entretanto, em muitos cenários o que é considerado falta de emprego, na verdade, deve ser traduzido como falta de qualificação por parte do indivíduo. Como o crescimento da população e a adoção de novas tecnologias e formas de trabalho, muitas empresas buscam cada vez mais o colaborador mais preparado, com mais capacitação nas funções que a empresa requer.

Não vivemos em um país com vagas de emprego “zero absoluto”, ou seja, não ter onde se trabalhar mesmo que se procure em lugar nenhum, ao contrário, emprego existe, mas muitas vezes requer da pessoa requisitos que ela não possui, ou por ineficiência do ensino regular, ou falta de acesso, ou mesmo por desinteresse.

Foi-se o tempo em que apenas o Ensino Médio era suficiente como “nota de corte” para conseguir uma vaga de emprego mais qualificada. Hoje, já em meados da terceira década do século XXI, este nível educacional já é o mínimo aceitável para a maioria das áreas do mercado de trabalho. Mas algumas pessoas ainda não perceberam isto.

Um ponto interessante é que o sistema educacional brasileiro não consegue acompanhar as novas formas de trabalho, as novas profissões e tecnologias que vão surgindo. E não acompanha em boa parte por má gestão e desinteresse do poder público, aliado a desinteresse e desesperança de muitas pessoas, alunos e professores, que não enxergam na escola a ponte para construir uma carreira, haja visto a dicotomia entre o que se ensina em sala de aula e o que se exige da pessoa fora dela. Daí muitos têm a impressão de “saí da escola e não sei nada”.

A internet como ferramenta de aprendizado

Com o advento da internet, muitas ferramentas surgiram para que o indivíduo possa buscar qualificação em muitas áreas, por exemplo, no setor de tecnologia, onde existe uma alta demanda por profissionais capacitados e que existe um déficit estimado de cerca de 530 mil profissionais até 2025, segundo o Google for Startups, evidenciando ainda mais o desequilíbrio entre oferta de trabalho e talentos disponíveis.

Essas ferramentas consistem basicamente em cursos online em plataformas de vídeo, e-books, tutoriais, aplicativos e tantos outros recursos para que a pessoa possa no mínimo buscar a área de seu interesse, se informar sobre ela e iniciar uma jornada que pode ser muito produtiva e gratificante.

Se fala muito em acesso a estas ferramentas e concordo que num país pobre como o nosso onde muitos não têm sequer comida, pensar em aprender se torna secundário. Já temos mais celulares do que habitantes em nosso país, isto já foi dito algumas vezes, o que precisamos no caso daqueles que têm acesso à internet nas mãos é diminuir um pouco o tempo nos chats de mensagens, emojis, ver dancinhas, joguinhos e tantas distrações e procurar as palavras “tutorial”, “como fazer X”, “curso online de Y gratuito”, “o que faz um profissional de Z”, buscar meios de como ler e escrever melhor, buscar “livros online em PDF”, enfim, materiais que agreguem ao cidadão um conhecimento que o ensino regular não passou.

A partir daí, o interesse por mais conteúdos relevantes e uma compreensão do que o mercado de trabalho precisa, dará à pessoa a dimensão do que precisa para aprender uma profissão, entrar no mercado de trabalho, voltar a ele se tiver saído ou escalar melhores condições de trabalho e melhores ganhos.

Não podemos ficar dependendo de promessas de governos, ou esperar que os ventos soprem a favor para fazer alguma coisa. De nossa parte, temos que fazer o possível com os meios existentes e deste modo, sermos agentes, cada um fazendo o seu esforço, da redução do desemprego e dos índices de pobreza que prejudicam o país, servem de combustível para populismos e mantém o Brasil sempre como um “eterno país emergente”.

Conhecimento não ocupa espaço, e devemos sempre aprender, pois sempre teremos o que melhorar em cada um de nós.

Marcos Drawer

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