Durante muito tempo, nós, mulheres, fomos ensinadas a acreditar que amar era sinônimo de se doar até o limite. Que o amor verdadeiro era aquele que colocava o outro acima de tudo — marido, filhos, família. E, quando chegamos aos 40+, percebemos o peso dessa crença: quantas vezes deixamos nossos sonhos, planos e até nossa própria essência em segundo plano, acreditando que isso era o certo?
Mas o amadurecimento tem um poder lindo: ele nos devolve a nós mesmas.
E, nesse reencontro, entendemos que amor não é sacrifício — é equilíbrio.
Amar não é se anular para que o outro brilhe. É brilhar junto, com liberdade, respeito e reciprocidade.
Quando aprendemos a nos amar de verdade, o amor pelo outro se transforma.
Deixa de ser dependência e vira escolha.
Deixa de ser cobrança e se torna parceria.
Porque uma mulher que se ama não aceita menos do que merece — e, principalmente, não se perde de si mesma para caber em ninguém.
Colocar o outro em primeiro lugar só faz sentido quando esse “outro” também nos coloca no mesmo lugar de prioridade.
O amor saudável é uma via de mão dupla: dois caminhos que se cruzam sem que um precise parar para o outro passar.
Por isso, mulher, olhe para dentro.
Resgate seus sonhos, celebre suas conquistas, cuide da sua alma e do seu corpo.
Ame-se com a mesma intensidade com que já amou os outros.
Porque é desse amor próprio — maduro, consciente e sereno — que nasce a capacidade real de amar o próximo de forma plena e verdadeira.
Por: Patricia Iara ✨


