O Brasil está sangrando

Manifesto: O Brasil Que Sangra nas Mãos de Seus Próprios Guardiões

O Brasil está doente — e não é de hoje.
A doença tem nome, endereço, regalias, blindagem e foro privilegiado.
Instalou-se no coração da República e ali cavou raízes profundas, alimentadas por acordos noturnos, troca de favores, impunidade e o desrespeito absoluto ao povo que trabalha, paga impostos e ainda assim vive de migalhas.

Nosso Congresso, que deveria ser o guardião da Constituição, tornou-se fiador dos seus próprios interesses. Deveria fiscalizar, mas protege. Deveria legislar pelo povo, mas legisla para si. Deveria honrar o voto, mas sequestrou metade da receita da nação para alimentar um sistema que beneficia poucos e sufoca milhões.

E o povo?
O povo continua firme, honesto, madrugador.
O povo segue acreditando que um futuro melhor é possível, apesar de ser diariamente enganado por quem jura representá-lo.
É um povo pobre e aviltado por desigualdades gritantes, por serviços públicos sucateados e por uma classe política que desconhece a palavra “vergonha”.

Eu pergunto:
Quem nos representa? Quem nos defende? Quem nos respeita?

Os congressistas que acolhem criminosos?
Os políticos que usam o dinheiro público como se fosse herança pessoal?
Os articuladores de madrugadas sombrias que traem o país em votações silenciosas e acordos imorais?

O Brasil, gigante pela própria natureza, está afundado na lama de uma corrupção que parece não ter fundo.
E dói — dói profundamente — ver um país continental, rico, diverso, pleno de potencial, ser reduzido ao palco de negociatas que sacrificam o futuro de gerações inteiras.

Aos 70 anos, sinto o peso dessa frustração.
Agradeço, às vezes, por talvez não testemunhar tudo o que ainda está por vir.
Mas tremo ao pensar nos jovens, nos filhos, nos netos, nas crianças que herdarão o país que esta classe política insiste em destruir.

É preciso mudar.
E talvez a mudança comece no gesto mais simples e ao mesmo tempo mais poderoso que existe em uma democracia: o voto consciente.

Não o voto vendido.
Não o voto por desespero.
Não o voto por ódio.
Não o voto por promessas vazias.

Mas o voto que exige decência, transparência, ética e respeito.

O voto que recusa corruptos.
O voto que expulsa oportunistas.
O voto que coloca o país acima dos privilégios.

Porque o Brasil não precisa de salvadores da pátria.
Precisa de representantes que não nos envergonhem.

Chega.
Chega de conchavos.
Chega de insultos ao povo.
Chega de corrupção institucionalizada.
Chega de transformar o Estado em caixa eletrônico de políticos desonestos.
Chega de condenar nossas futuras gerações ao caos.

O Brasil merece — e precisa — renascer.
E isso só será possível quando o povo, cansado, humilhado e traído, tiver coragem de virar a chave e reconstruir o país a partir de um Congresso minimamente decente.

Até lá, seguimos resistindo.
Porque desistir nunca foi opção para quem ama verdadeiramente o Brasil.

Mario Doro

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