Pagamentos com a Palma da sua Mão

Imagine entrar no supermercado, pegar suas compras e, na hora de pagar, não precisar de cartão, celular ou senha. Basta levantar a mão. Parece cena de filme futurista, mas já é realidade em muitas partes do mundo — e chega ao Brasil ainda em 2025, segundo anúncio da gigante tecnológica chinesa Tencent.

A novidade começará em uma rede de supermercados no Sul do país, com cerca de dez lojas que serão as primeiras a receber a tecnologia biométrica no varejo nacional. Simples, prático e sem contato físico: é só aproximar a palma da mão do terminal.

Cada pessoa carrega uma impressão única na palma, assim como acontece com as digitais dos dedos. As linhas, curvas e até o padrão das veias sob a pele formam uma espécie de “assinatura biológica” impossível de ser repetida, o que torna essa forma de pagamento bastante segura.

Na China, onde a tecnologia já está presente em academias e hotéis, o sistema se destaca pela precisão. São duas câmeras infravermelhas: uma mapeia forma, linhas e veias, e a outra detecta o calor — tudo em segundos e com um nível de segurança superior a outros tipos de pagamento.

A Tencent projeta que o mercado global de pagamentos biométricos deve atingir mais de 3 bilhões de usuários e movimentar quase US$ 6 trilhões até 2026.

No Brasil, a tecnologia tem potencial, mas enfrenta alguns desafios: o custo de implantação para lojistas, a necessidade de conquistar a confiança do público em relação ao uso dos dados biométricos e, claro, o cumprimento da legislação nacional, que trata a biometria como dado sensível e exige cuidados redobrados.

É importante lembrar que esse não é um “novo sistema” de pagamento como o PIX, mas sim um jeito diferente de autenticar a transação. Dependendo da parceria com bancos e fintechs, ao usar a palma da mão o cliente pode, na prática, realizar um PIX, um débito ou até um crédito. A diferença está na experiência: pagar de forma mais rápida, sem senha, celular ou cartão.

Manzini Anderson Tadeu

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