Adolescentes conectados e emoções desconectadas

Adolescentes Conectados, Emoções Desconectadas

As influências negativas das redes sociais sobre a juventude contemporânea

📍 Por Mário Doro – Portal D’Oro / Papo D’Oro

1. Um mundo de telas e aparências

Vivemos em um tempo em que o toque da tela substituiu o toque humano. As redes sociais, criadas para aproximar, têm afastado adolescentes do mundo real. Entre filtros, curtidas e comparações, muitos jovens perdem o contato com a própria essência.

“Nunca estivemos tão conectados — e, paradoxalmente, tão sozinhos.”

2. O espelho digital e a autoestima fragmentada

A busca por aprovação virou vício. O adolescente se compara a influenciadores e vive sob o peso da validação alheia. Quando a imagem não alcança os padrões, surgem o desânimo, a ansiedade e, em casos mais graves, a depressão.
A dopamina do “like” gera prazer momentâneo, mas destrói a autoconfiança a longo prazo.

3. Ansiedade, FOMO e o medo de ficar de fora

O medo de não estar “por dentro” das novidades — o famoso FOMO — aprisiona os jovens. Eles checam o celular a cada minuto, mesmo durante as aulas ou conversas. O corpo está presente, mas a mente vaga por uma realidade virtual que cobra perfeição.

4. Cyberbullying e a violência invisível

Ofensas, cancelamentos, exposição indevida: o bullying virtual é um dos grandes males da era digital. Feridas emocionais profundas nascem de comentários rápidos e cruéis.
O que era brincadeira se transforma em trauma.

5. Quando o virtual atrapalha o real

Professores observam o impacto direto do uso excessivo das redes:

queda na concentração;

desinteresse por leitura;

perda do senso crítico;

dificuldade de comunicação verbal e escrita.

A inteligência emocional está sendo trocada por impulsividade digital.

6. O caminho da consciência digital

As redes sociais podem educar e inspirar — se usadas com propósito. O segredo está no equilíbrio:
diálogo familiar;
tempo de uso controlado;
incentivo à empatia e à reflexão.

“Desconectar-se também é um ato de amor-próprio.”

7. Conclusão: o desafio da geração online

Os adolescentes não são culpados — são vítimas de um sistema que lucra com sua atenção. Cabe à escola, à família e à sociedade criar pontes de consciência.
O que está em jogo não é o fim da tecnologia, mas o resgate da humanidade.

Referências

Twenge, Jean M. iGen: Why Today’s Super-Connected Kids Are Growing Up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy—and Completely Unprepared for Adulthood.

Organização Mundial da Saúde (OMS), Relatório sobre Saúde Mental de Adolescentes (2023).

Instituto Alana – Famílias Conectadas, 2024.

Mario Doro

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