Você já parou para pensar como tantos golpes parecem “personalizados” ultimamente? Como é que os criminosos sabem seu nome, seu CPF, sua agência bancária, seu endereço ou até dados de compras recentes?
Não é mágica. É vazamento de dados.
E o que está por trás disso, quase sempre, é uma falha grave: a falta de compromisso de muitas empresas com a proteção dos dados que recebem.
O ciclo perigoso: da negligência ao golpe
Tudo começa no momento em que você cadastra seus dados em um site, aplicativo ou loja. Muitas vezes, sem saber, você entrega uma série de informações pessoais: nome, telefone, CPF, e-mail, endereço, dados bancários.
Se a empresa não cumpre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ela pode:
Coletar mais dados do que o necessário;
Armazenar essas informações sem segurança adequada;
Compartilhá-las sem transparência;
Ou, pior, deixá-las vulneráveis a ataques e vazamentos.
Quando esses dados vazam, eles se tornam um verdadeiro “tesouro” para golpistas, que passam a usá-los para aplicar fraudes altamente convincentes:
Golpes financeiros, como boletos falsos e transferências indevidas;
Roubo de identidade para abrir contas ou contratar serviços em seu nome;
Phishing, com links que parecem legítimos e levam a páginas falsas.
Ou seja: quanto mais descuido das empresas, mais munição os criminosos têm.
LGPD: a barreira entre você e o golpe
A LGPD foi criada justamente para impedir que isso aconteça. Ela obriga empresas a:
Coletar apenas os dados realmente necessários;
Proteger esses dados com medidas técnicas e organizacionais eficazes;
Informar claramente para que seus dados serão usados;
E avisar rapidamente em caso de vazamentos.
Empresas que levam a LGPD a sério investem em segurança e, com isso, quebram esse ciclo perigoso que alimenta os golpes
O que isso tem a ver com você?
Tudo.
Se as empresas estivessem adequadas à LGPD, a maioria desses golpes nem existiria. Porque sem acesso aos seus dados, os criminosos não teriam como personalizar fraudes.
Por isso, é importante: Exigir que empresas informem claramente como seus dados serão tratados; Desconfiar de pedidos de informações excessivas; Monitorar vazamentos (existem ferramentas que avisam quando seus dados foram expostos); E, sempre que possível, optar por empresas que demonstram responsabilidade com a privacidade.
Em resumo, empresas negligentes com a proteção de dados alimentam a indústria do golpe!
Toda vez que uma empresa descuida da proteção de dados, ela não coloca apenas seus próprios sistemas em risco — ela coloca você, cliente, no centro da vulnerabilidade.
A LGPD não é um capricho burocrático. É uma proteção coletiva, feita para preservar não apenas a privacidade, mas também a segurança financeira, emocional e social de todos nós.
E lembre-se: proteger dados pessoais não é luxo. É um direito. E cobrar responsabilidade das empresas é, mais do que nunca, uma necessidade.
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