Meu pai, descendente de italianos, sempre trabalhou na terra. Numa região de terra rôxa, muito fértil.
Ele dizia que nas décadas de 30 e 40 os imigrantes japoneses que se instalavam na região ficavam fascinados com aquilo.
De tão impressionados, os japoneses chegavam a mastigar a terra para sentir o quanto ela era fértil.
Italianos, japoneses, portugueses, espanhóis trabalharam duro em terras brasileiras.
De sol a sol. De chuva a chuva.
Suaram, mas cresceram. Prosperaram e mandaram seus filhos para as universidades.
Ao contrário das terras do sul e sudeste, o clima não foi generoso com as terras nordestinas, Nem por isso, os bravos nordestinos se deixaram abater.
O que significa dizer que a agricultura SEMPRE foi uma das locomotivas do País.
E hoje o agronegócio se tornou a PRINCIPAL locomotiva desta nação.
Fornecendo alimento para o Brasil e o mundo. Talvez mais para o mundo do que para o próprio país.
Graças à incompetência e, principalmente, à gatunagem de políticos que se locupletam com a terra, os alimentos não chegam, de fato, na mesa do pobre.
Pelo contrário, usam e abusam dos pobres e analfabetos como escudo, para invadir terras produtivas.
A Amazônia é uma maravilha para os gringos malandrinhos que vêm aqui para extrair os nossos minérios. Sob vistas grossas de todos os governos brasileiros, em todos os tempos.
Ou seja, a Amazônia não é, nem de longe, um maná para os próprios brasileiros.
A não ser para os grileiros e donos de terras, que se mancomunam com as autoridades.
Entra presidente, sai presidente, nada muda. Ou muda, para pior.
Só o desrespeito com a terra é que continua firme e forte.
Até quando essa terra plena de verde vai ser manchada pelo marrom da incompetência?